terça-feira, 22 de setembro de 2009

Grupo de trabalho vai pesquisar demanda por trem de passageiros entre Londrina e Maringá

O grupo de trabalho criado para estudar a reativação do trem regional de passageiros no eixo Londrina-Maringá, reunido nesta segunda-feira (21) na Coordenadoria da Região Metropolitana de Londrina, decidiu iniciar o levantamento prévio dos dados existentes sobre a demanda de transporte ferroviário na região junto aos órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

O grupo definiu que a coleta das informações existentes deverá ficar pronta até a primeira quinzena de outubro. “É um passo importante depois da decisão política de retomar o trem pé-vermelho tomada no dia 26 de agosto, em Maringá”, disse o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes. “Estamos criando um consenso e dando andamento a uma agenda de trabalho”.

A coleta de dados, que deve ser realizada pelas universidades estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM) ainda em 2009, servirá para identificar as linhas de desejo de transporte na origem e destino dos passageiros. O levantamento, com a ajuda de modelos matemáticos, permitirá projetar a demanda e os investimentos necessários para a implantação do trem regional.

A Reunião de Trabalho sobre o Estudo de Viabilidade do Trem de Passageiros “Pé-Vermelho” reuniu representantes das prefeituras e universidades de Londrina e Maringá com o presidente da Ferroeste e a coordenadora da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correia. “Foi uma reunião técnica para delegar tarefas, tirar uma metodologia de trabalho, o que foi contemplado. Temos que fazer o plano de trabalho de nossa região”, disse ela.

PORTO ALEGRE — Na terça-feira (22), Gomes se reúne em Porto Alegre, em nome do grupo de trabalho paranaense, com o presidente da empresa gaúcha de trens metropolitanos, a Trensurb, Marco Prates, e com representantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que desenvolve projeto para levar uma proposta de parceria para estudar mecanismos de integração dos dois estudos.

O objetivo é unir os esforços do Labtrans da UFSC e da Universidade de Caxias de Sul com os trabalhos que serão desenvolvidos no Paraná pela UEL e UEM. “Também queremos fazer em conjunto com a Trensurb o desenho operacional do trem de passageiros nas duas regiões”, adiantou Gomes.

O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) também foi convidado para se integrar ao projeto. “Queremos criar um centro de referência em logística e transporte no Paraná”, explicou Gomes. “O Lactec desenvolveu excelência no setor executando os estudos para os projetos de expansão da Ferroeste. Agora queremos que o Lactec venha participar do projeto do trem pé-vermelho”, ressaltou. O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) também será convidado a colaborar nos estudos do trem regional.

O presidente do Lactec, Luiz Malucelli Neto, afirmou hoje que o instituto está se colocando à disposição da Ferroeste para a empreitada. “É um projeto inovador, que busca resgatar o transporte férreo através das duas principais cidades do Norte do Paraná visando economia de combustível e agilidade no transporte de passageiros”, comentou Malucelli.

O grupo de trabalho aprovou a realização de um seminário técnico, no dia 16 de outubro, em Londrina, com a participação das universidades envolvidas no projeto e também a Universidade Federal do Rio de Janeiro/Coppe, além de prefeituras e especialistas em transportes da região.

fonte: Agência de Notícias do Estado do Paraná - PR - 21/09/2009

Um comentário:

  1. Planejar trens de alta velocidade – TAV antes de trens regionais de passageiros é colocar a carroça na frente dos bois, e se governar é definir prioridades, entendo ser as prioridades no Brasil pela ordem;
    1º Trens suburbanos e metrôs domésticos;
    2º Ferroanel com rodoanel integrados com ligação Parelheiros Itanhaém, para cargas e passageiros;
    3º Trens de passageiros regionais;
    4º TAV.
    Planejar trens de alta velocidade – TAV antes de trens regionais de passageiros é colocar a carroça na frente dos bois, e se governar é definir prioridades, entendo ser as prioridades no Brasil pela ordem;
    E com relação ao cenário mundial seria;
    1º Integração Nacional;
    2º Integração Sul Americana;
    3º Integração com o Hemisfério Norte.
    Trens de passageiros regionais são complementares ao futuro TAV, e não concorrentes, pois servem a cidades não contempladas, inclusive Campinas com mais de 1,2 milhões de habitantes e potencial maior do que alguns estados, e muitas capitais do Brasil, portanto comporta as duas opções.
    Pelo proposto as mesmas composições atenderiam de imediato aos trens regionais planejados nas maiores cidades brasileiras ~150 km/h utilizando alimentação elétrica existente em 3,0 kVcc, a curto prazo, já dando a diretriz do Plano Diretor quando fossem utilizadas no TAV, aí utilizando a tensão e corrente elétrica de 25 kVca, com velocidade max. de 250 km/h, uma vez que já foi determinado pela “Halcrow” velocidade média de 209km/h para o percurso Campinas Rio previsto para após o ano de 2020, se não atrasar como a maioria das obras do PAC, ou seja longo prazo, este modelo é inédito no Brasil, porém comum na Europa.
    Para esclarecer; Não se deve confundir os trens regionais de até 150 km/h com os que existiam antigamente no Brasil, que chegavam a no máximo aos 80 km/h por varias razões operacionais, e o fato de trens regionais e TAV serem de operações distintas não justifica que não tenham que se integrar, sendo que para a estação em SP o local sairá em locais paralelo a CPTM entre Luz e Barra Funda, podendo serem criadas a estação Bom Retiro ou a Nova Luz, no lado oposto em que se encontra a Júlio Prestes.

    No mínimo três das montadoras instaladas no Brasil além da Embraer tem tecnologia para fornecimento nesta configuração, inclusive os pendulares Acela e Pendolino que possuem uma tecnologia de compensação de suspenção que permite trafegar em curvas mais fechadas com altíssima porcentagem de nacionalização.


    Fala-se de integração ferroviária Sul Americana, e as principais economias após o Brasil são a Argentina, e Chile, e ambos, possuem a bitola de 1,676 m, (Indiana),sendo que só a Argentina possui mais de 23 mil km, o que corresponde, a ~4 vezes mais km que a correspondente brasileira, e km praticamente igual a métrica, e em consulta a técnicos argentinos e chilenos, os mesmos informaram serem infundadas as informações de que circulam no Brasil de que está sendo substituída por 1,43m, e se um dia esta integração ocorrer, ela será feita com a bitola métrica, que já são existentes em outros países, como Bolívia, Colômbia e Uruguai, além dos mencionados, tratando-se portanto de premissas equivocadas plantadas pelos defensores da bitola de 1,43 m.

    Mas, quanto ao TAV (Trem de alta velocidade), hum, este não sei não, teve um ex ministro de nome Bernardo, que no início do ano de 2011, deu a seguinte declaração à mídia; ”Trens regionais de passageiros poderão trafegar nas futuras linhas exclusivas do TAV”, assim como acontece na Europa. Ufa, até que enfim o bom senso prevaleceu! Esta era uma noticia que sempre esperava ouvir, e desde a década de 70 se fala dele e agora a previsão é para após 2020, e poucas coisas estão definidas, como estações, trajeto etc, e o modelo projetado é independente, e bitola divergente dos trens regionais existentes 1,6m e que trafega tanto como Trem regional, ou como TAV, portanto pode se afirmar que embora a intenção seja louvável, existe uma contradição do que se falou, e o que esta sendo planejado, além disto aqui, e as obras deste porte tem até data para começar, mas a sua conclusão é imprevisível!

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