Metrô de 2014 está ameaçado
Secretário especial da Copa sai frustrado de reunião para melhorias viárias na Capital
As obras viárias previstas para Porto Alegre sediar a Copa do Mundo de 2014 correm o risco de não sair do papel. O metrô, considerado prioritário pelos organizadores, é o empreendimento mais ameaçado.
Na reunião entre representantes dos governos federal, do Estado e o governo federal, ocorrida ontem, em Brasília, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, jogou água fria nas pretensões gaúchas.
– É complicado. É um volume de recursos elevado. O prazo de maturação, o cronograma é longo – disse o ministro
Frustado com a posição do ministro, Fortunati ressaltou que os gaúchos deverão se mobilizar para mudar a postura do governo.
– Teremos que nos unir e pressionar. Temos de mostrar que é possível, do contrário ficaremos só no sonho – declarou Fortunati.
Segundo o secretário, a fórmula já anunciada pela própria Trensurb, das Parcerias Público-Privadas, é alternativa mais viável para que o empreendimento fique pronto a tempo de encontrar a Copa do Mundo de 2014.
A proposta, porém, não surtiu efeitos no ministério das Cidades, responsável por liberar os recursos. As obras do metrô, que prevê 34 quilômetros de linhas, estão orçadas em R$ 2,5 bilhões.
Além do metrô, outras obras estão ameaçadas, como as duplicações das avenidas Beira-Rio e Tronco.
O governo federal sinalizou que não deverá investir diretamente nos municípios e que os empreendimentos terão de ser executados a partir de financiamentos.
Essa possibilidade revoltou o secretário especial da Copa do Mundo da Capital, José Fortunati.
– Saio com um gosto amargo. Em momento algum o governo propôs investir em Porto Alegre. Eles disseram que tem R$ 5 bilhões para financiar obras. Eles não estão entendendo o seu papel na Copa. Nós já temos uma série de financiamentos e nossa margem de endividamento está quase no limite. Como poderemos fazer as obras necessárias assim? – lamentou.
fonte: Zero Hora
sábado, 19 de setembro de 2009
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